sábado, 8 de maio de 2010

Gorda x Sarada

Esta Dama que vos fala também conhece segredos de antes d´noite virar madrugada queridos, sou Aquela que a tudo observa...posso estar observando você, agora.

Estava em seu canto do ônibus a sarada (preparada, popuzada, globeleza sem melanina? Enfim, imaginem-na como desejar), cobiçava o homem belo do local móvel, e como fazia cenas para se manter na atenção do “Deus” da Mercedes! Do outro lado, no cantinho, restava a discreta e desejosa a gorda (a barroca, a Vênus de Botticelli sem tanto charme, a fofinha? Chamem-na do que quiser, ela já foi chamada de tudo..), imaginando o que fazia ali, testemunha de mais uma vitória das saradas...

O “Deus” continuava objeto único do desejo, esquecia-se até que era casado, que sua esposa ligava ao celular, ah, a gorda sabia que “elas” gostavam era mesmo de se casar com os safados, ela própria se considerava vítima, ela era “elas”, tanto quanto “elas” poderiam jamais ser, mas, acredito que, pelo olhar que ela soltava ao “Deus”, não importava naquele momento, ela não queria aquele homem para casar, ela queria somente um (ou vários) pedaços Dele.

A sarada domina a cena, envolve o “Deus”, toma-o nos braços, aos solavancos do ônibus, crente que ninguém a observava (mal percebeu a Dama lá, e muito menos a gorda, que logo mostraria a que veio), mas tudo tem um fim, e a sarada precisa sair, ônibus enche (ônibus sempre enche, principalmente aos sábados à noite), mas tudo bem, ela olha o “Deus”, mesmo sabendo que este nunca olharia pra ela (bem, talvez em alguns momentos tenha olhado? Ela não sabe, ela não quer saber, seria iludir-se).

Pois não é que “Deus” olha para todas as suas súditas?
Pois é...a gorda deu show na sarada e trouxe esperanças, mesmo que você, dona de casa, não saiba, para todas nós...a alma parece que venceu o corpo desta vez.

Mas isto não impede-me de dizer: é um safadão!

Mas...e daí? Fale a verdade: vocês adoram!

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